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IÊMEN | BANDEIRA, HISTÓRIA & CURIOSIDADES

  • Helena Kapoor
  • 20 de jul. de 2017
  • 13 min de leitura

O atual território do Iêmen é consequência da unificação, em 22 de maio de 1990, da República Árabe do Iêmen (nação de forte tradição islâmica, que ocupava a porção norte do território) com a República Democrática do Iêmen, ao sul e pró-capitalista. O Iêmen está localizado no Oriente Médio e limita-se com a Arábia Saudita (ao norte), Omã (a leste), estreito de Bab el Manded, que o separa de Djibouti (ao sul), além de ser banhado pelo mar Vermelho (a oeste) e pelo Oceano Índico (ao sul).


 

INFORMAÇÕES PRINCIPAIS

Nome Oficial: República do Iêmen

Capital: Sanaa


Nacionalidade: iemenita


Governo: República com forma mista de governo


Divisão administrativa: 19 províncias


Presidente: Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi


Continente: Ásia


Cidades Principais: Sanaa, Áden, Ta'izz, Hodeida


Clima: na região norte é árido tropical e no sul tropical


Composição da População: árabes iemenitas (80%), outros árabes, sul-asiáticos e africanos (20%).


Taxa média anual de crescimento populacional: 2,86%.


População residente em área urbana: 31,21%.

População residente em área rural: 68,79%.


População subnutrida: 32%.


Esperança de vida ao nascer: 62 anos.


Domicílios com acesso a água potável: 66%. Domicílios com acesso a rede sanitária: 46%.

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,439 (baixo).


Idioma: árabe (oficial)


Religiões principais: islamismo (cerca de 99%), outras 0,9%, sem religião 0,1%.


Moeda: rial iemenita


Relações internacionais/Organizações que participa: ONU (Organização das Nações Unidas), FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial.

 

A BANDEIRA


Bandeira do Iêmen foi adotada em 22 de maio de 1990, no mesmo dia que o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul se unificaram. O padrão de faixas vermelha, branca e preta também estava presente nas bandeiras destes países, simbolizando pan-arabismo (doutrina ou movimento que defende a união de todos os países de língua e civilização árabe), assim como as bandeiras do Egito, Síria, Bandeira do Iraque, entre outras.



Vermelho: representa o derramamento de sangue de mártires e unidade

Branco: representa futuro brilhante

Preto: representa o passado escuro.



 

HISTÓRICO DOS CONFLITOS

Dentre as passadas de colonização e descobertas, o império turco otomano e império britânico dividiu o país em sul (britânico) e norte (turco). Mais tarde, ia haver uma unificação, mas a Arábia Saudita interferiu, causando um novo conflito. Através da Liga Árabe, houve um acordo e início de uma unificação em 1990, trazendo o primeiro presidente do Iêmen: Ali Abdullah Saleh (Ex-presidente do norte). Ali Salim al-Beidh (Ex-presidente do sul) entrou como vice na unificação, mas em 1994 sua saída do poder incentivou uma guerra civil e, em seguida, foi para exílio em Omã. Abdrabbuh Mansur Hadi sucedeu o lugar de vice.


Os conflitos ocorridos no Iêmen possuem como pano de fundo disputas de diferentes grupos, que almejam tomar o controle do país. O início da situação de instabilidade ocorreu no final do mês de janeiro de 2011, quando a população dirigiu-se às ruas para protestar contra o desemprego, a situação econômica vivenciada pelo país e a corrupção política, além de propostas de alteração da Constituição, apresentadas pelo governo. Com o passar do tempo, as manifestações de rua passaram a exigir a renúncia do ditador Ali Abdullah Saleh, durante a Primavera Árabe. Em novembro de 2011, cedendo às pressões, Saleh concordou em deixar o cargo para seu vice Abdo Rabbo Mansur Hadi, em caráter interino.


Em 21 de fevereiro de 2012, ocorreram eleições presidenciais com cerca de 70% de participação dos iemenitas. Abdo Rabbo Mansur Hadi foi eleito com 99,8% dos votos e assumiu o cargo em 25 de fevereiro. No entanto, o Iêmen, considerado o mais pobre país do Oriente Médio, entrou em uma crise sem precedentes, que já possuem características de Guerra Civil. Durante o período entre o afastamento em caráter transitório do ex-ditador, Ali Abdullah Saleh, e a posse definitiva do vice-presidente, Hadi, o grupo Houthis, que segue uma versão do xiismo denominada zaidismo, aproveitou para expandir sua influência pelo país.


Houthis são membros de um grupo rebelde, também conhecido como Ansar Allah ("Partidários de Deus"). O nome é derivado de Hussein Badr al-Din al-Houthi, que liderou a primeira insurgência do grupo em 2004 num esforço para garantir maior autonomia da Província de Saada, reduto dos houthis, e proteger as tradições religiosas e culturais zaidistas de um alegado risco de islamistas sunitas. Após Houthi ser morto pelo Exército iemenita em 2004, sua família assumiu o controle do grupo e afirmam que suas ações são para a defesa de sua comunidade e contra a discriminação por parte do governo.


O grupo radical representa cerca de um terço do povo iemenita e participou ativamente dos protestos que levaram à renúncia do antigo presidente. Em fevereiro de 2014, o ainda titular do Executivo, Hadi, apresentou uma proposta de divisão do país em seis regiões, obtendo grande oposição dos houthi, os quais acreditavam que seriam enfraquecidos caso a iniciativa vingasse. Em setembro do mesmo ano, o grupo participou de uma série de conflitos com o intuito de assumir o controle de áreas da capital do país, Sanaa. Nos confrontos, 270 pessoas morreram e 460 ficaram feridas. Em janeiro de 2015, os houthi cercaram a casa do presidente Hadi, forçando-o, juntamente com seu primeiro ministro, a renunciar ao cargo. No entanto, em 21 de fevereiro Abdo Rabbo Mansur Hadi fugiu para a cidade de Áden, região portuária do país, e desistiu da renúncia. Em 20 de março, uma série de atentados ocorridos contra mesquitas xiitas deixam 137 mortos na cidade de Sanaa. O Estado Islâmico reivindicou o ataque, apesar de sua pouca influência no local, ainda não se tem certeza da autoria dos atentados. Depois do episódio, o grupo radical housthi começou uma marcha rumo ao Sul do país, no intuito de encontrar o presidente e depô-lo do cargo. Em 25 de março, Hadi viu-se forçado a deixar o Iêmen. A Arábia Saudita, apoiadora do governo do presidente, passou, neste mesmo dia, a realizar uma série de ofensivas aéreas, com o intuito de fazer os rebeldes recuarem.

Após os primeiros ataques aéreos sauditas, a coalizão se formou: Aviões de guerra do Egito, Marrocos, Jordânia, Sudão, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Qatar e Bahrain também lançaram seus próprios ataques. Em apoio à Arábia Saudita, que enviou também soldados de infantaria para a região, os egípcios e jordanos também mobilizaram forças terrestres. O Paquistão, apesar de nutrir hostilidade contra os houthis, decidiu permanecer neutro mas tacitamente apoiou a intervenção. A Intervenção militar no Iêmen é esta ação armada feita pela coalizão de países (liderados pela Arábia Saudita) no Iêmen, começado em março de 2015, chamada de Operação Tempestade Decisiva.

Em menos de um mês (de 26 de março a 13 de abril de 2015), os ataques contra os houthis produziram 3.897 feridos e resultaram na morte de aproximadamente 2.600 civis, incluindo um grande número de crianças e mulheres. A Arábia Saudita e seus oito aliados árabes justificam os ataques pela necessidade de defender a legitimidade do presidente iemenita, Abdrabbuh Mansur Hadi, além de suprimir a ameaça que os houthis supostamente representariam para a Arábia Saudita, e principalmente evitar que o Irã estenda sua influência na região por meio dos rebeldes. O governo do Iêmen acusa os houthis de querer derrubá-lo e instituir uma lei religiosa xiita, desestabilizar o governo e "fazer uma agitação com sentimento de antiamericano". O governo iemenita também acusou os houthis de ter ligações com patrocinadores externos, especialmente o governo iraniano. Por sua vez, os houthis rebateram as acusações, afirmando que o governo iemenita é apoiado por agentes externos, notadamente a Arábia Saudita e a Al-Qaeda.

O governo do Irã condenou os ataques e, segundo fontes de inteligência locais e do Ocidente, os iranianos apoiam, militar e financeiramente, as milícias houthis. Inclusive, há relatos de que muitas crianças são usadas pelos rebeldes como soldados e, uma vez inimigos do presidente Ali Saleh, os rebeldes Houthi são agora seus aliados, lutando ao lado das suas tropas.

O conflito ganha ainda mais importância com a oposição entre Arábia Saudita (sunita), que luta ao lado de Hadi, e o Irã ( xiita), apoiador dos houthis. Além disso, outros grupos lutam por mais espaço no país, como é o caso da Al-Qaeda, que também tem realizado uma série de atentados em cidades da região.

 

SITUAÇÃO ATUAL

Apesar da situação humanitária no país ser uma das mais severas do mundo, a guerra que já dura 2 anos tem pouca visibilidade. A situação dos cidadãos é delicada de uma forma geral e a dos cristãos é um pouco mais difícil devido a perseguição religiosa nessa nação que ocupa o 9º lugar na atual Lista Mundial da Perseguição.


Seu território é montanhoso e apresenta as terras mais férteis da península Arábica, pois no país existem numerosas fontes de água. Essas características físicas favorecem o desenvolvimento da agricultura. A economia do Iêmen tem no petróleo sua principal atividade. Esse produto é responsável por mais de 90% do valor das exportações, no entanto, as reservas nacionais de petróleo são modestas, em comparação com as de outros países da região. A agricultura é outro elemento importante para a economia local. As terras férteis, a grande disponibilidade de água e as chuvas regulares proporcionam condições favoráveis para o cultivo de cereais, café, algodão e frutas. O país apresenta vários problemas socioeconômicos. Quase metade da população vive abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de 1 dólar por dia. O desemprego é outro fator agravante, atualmente ele atinge 25% da força de trabalho nacional. Esse problema se agravou em 1990, quando cerca de 850 mil iemenitas que trabalhavam na Arábia Saudita foram expulsos do país, em represália à posição do governo do Iêmen, que não condenou a invasão do Kuweit pelo Iraque. O saneamento ambiental é proporcionado para uma quantidade reduzida de habitações, fato que reflete na taxa de mortalidade infantil – 56 óbitos a cada mil crianças nascidas vivas. A subnutrição atinge 32% da população e o analfabetismo 41%.


“Número de mortos por cólera no Iémen sobe para 1500 em julho de 2017. Os primeiros casos foram detectados em Abril.”

- SITE PÚBLICO (https://goo.gl/hnJKDB)


A cólera é uma infecção intestinal aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com a bactéria vibrio cholerae, que não apresenta sintomas nos casos mais moderados, mas nos mais graves pode provocar a morte em poucas horas se o doente não receber tratamento.


O aumento dos casos ocorreu quando o sistema de saúde, instalações de saneamento e infra-estrutura civil atingiram o ponto de ruptura por causa da guerra em andamento. Os trabalhadores de saneamento na capital Sanaa estão em greve durante meses de salários não pagos, levando a uma acumulação de lixo nas ruas, que agora contaminou o abastecimento de água depois que as chuvas intensas causaram inundações. Enquanto isso, ataques aéreos contínuos e artilharia deixaram alguns canos de esgoto em ruínas. Menos da metade de todas as instalações de saúde no Iêmen estão em operação, enquanto dois terços da população - ou 14 milhões de pessoas - não têm acesso a água potável.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou para 1500 o número de mortos por cólera no Iémen, entre 246.000 infectados, desde que se detectou o primeiro surto, a 27 de Abril. Em conferência de imprensa, o representante da OMS no Iémen, Nevio Zagaria, considerou que a situação é “muito grave” e indicou que a epidemia se propagou por 21 das 23 províncias iemenitas e por 285 dos 333 municípios.


“Bombardeio da coalizão árabe no Iêmen mata 20 civis”


Pelo menos 20 civis, entre eles crianças, morreram nesta terça-feira (18/07/17) em um bombardeio da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita sobre uma cidade do sudoeste do Iêmen, informou a agência de notícias estatal "Saba", que é controlada pelos rebeldes houthis. A agência disse que os aviões da coalizão destruíram três edifícios em Al Atira, na província de Taez, e também deixaram feridos, cujo número não foi especificado. O ataque aéreo aconteceu na região de Mauzaa, que vem sendo palco de violentos confrontos entre os houthis e as forças que apoiam o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi.


A coalizão árabe intervém militarmente no Iêmen em apoio às forças pró-Hadi e contra os houthis, que controlam a capital, Sana, além de amplas regiões do norte e oeste do país. Anteriormente, a aliança de países árabes e sunitas foi acusada de bombardear alvos civis, incluindo escolas e hospitais, mas seus líderes sempre negaram ter atingido de forma intencional infra-estruturas ou propriedades particulares.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a crise no Iêmen já fez mais de 180.000 pessoas deixarem o país, 51.000 delas fugindo para o vizinho Omã, e 39.000 para a Arábia Saudita. Contudo, muitas também se arriscam a cruzar o Golfo de Áden com destino ao Chifre da África, principalmente Djibuti (36.000) e Somália (33.000). É dessa região que sai boa parte das pessoas que atravessam o Mediterrâneo rumo à Itália para pedir refúgio na Europa.


 

CURIOSIDADES


Sanaa, capital do país

PRIMEIRA 1ª. Sanaa é, desde 1990, a capital e a maior cidade do Iémen. A parte antiga da cidade é circundada por muros e dividida por muros internos em três bairros (árabe, turco e judeu) e os típicos palácios iemenitas têm vários andares. Durante o período de existência da República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte), a cidade foi sua capital e principal cidade, e, a partir de 1990, tornou-se a capital do Iêmen reunificado. De acordo com lendas, a cidade foi fundada por SEM (filho de Noé).


SEGUNDA 2ª. A cada sete segundos uma menina menor de 15 anos é forçada a se casar ao redor do mundo. Casamentos infantis – seguidos de estupro e todo tipo de violência – estão longe de ser incomuns, mas a gente prefere fechar os olhos para isso. Junto com o Iêmen, países como Afeganistão, Índia e Somália estão no topo da lista entre os locais onde a prática é assustadoramente corriqueira.


A lei do Iêmen determina que a idade mínima para o casamento é de 15 anos, mas esta lei é desrespeitada principalmente nas áreas rurais e mais pobres do país. Parlamentares iniciaram um debate para aumentar a idade mínima para 18 anos, mas enfrentam a oposição dos conservadores.


Sheikh Hamoud Hashim al-Tarihi, secretário-geral do Comitê de Costumes e Virtudes e membro do Partido Islah, cita o exemplo do profeta Maomé, que se casou com Aisha, de seis anos, mas esperou que ela crescesse. "Por isso ter acontecido com o profeta, não podemos dizer às pessoas que é proibido casar com pouca idade", disse. E, segundo ele, uma proibição do casamento de meninas poderia prejudicar a sociedade, proliferando os maus hábitos. A ministra do Bem Estar Social, Amat al-Razzak Hammed, reconhece que o governo precisa se comprometer com a questão e, pessoalmente, acredita que a idade mínima para casamento deveria ser de 16 anos. A ministra destaca a importância da criação de uma proposta de lei que permita punição para pais que casam as filhas mais cedo e também para autoridades que permitam o casamento. Segundo Hammed o governo está consultando clérigos muçulmanos para que as leis sejam elaboradas de acordo com a Sharia, a lei islâmica.

Save the Children destaca o fato de que o matrimônio infantil contribui não apenas para a violência sexual e doméstica, mas também para os índices de menor taxa de escolaridade entre mulheres. A gestação precoce também aumenta o número de mortandade entre as meninas, pois grande parte delas engravida antes de ter o corpo totalmente formado e morre por causa disso. Além de alertar para o casamento infantil, a organização fez um ranking mostrando quais são os melhores e os piores países para uma menina viver. Mais de 140 países foram avaliados com base em dados como: índices de matrimônio precoce, gravidez na adolescência, mortalidade materna, mulheres com ensino fundamental completo e representatividade feminina na política. O Brasil figura no 102º lugar da lista, ficando numa posição pior do que países como Paquistão e Iraque.


TERCEIRA 3ª. O presidente dos EUA, Donald Trump assinou com a Arábia Saudita um negócio para a venda de armamento no valor de 110 bilhões de dólares, que inclui aviões militares, navios e mísseis – boa parte fabricada no reino do deserto, firmando a nova ambição da família real saudita de diversificar a economia para além do petróleo. Mas, tratando-se de tecnologia militar, a Administração Trump estará também a ajudar a monarquia saudita a afirmar-se como potência regional e reforçar a sua mão numa guerra mortífera como é a do Iémen.

A concretização deste negócio de armas suscitou muitas críticas aos EUA – é uma forma de apoiar a guerra no Iémen, que foi iniciada pelos sauditas, e em que várias vezes foram denunciados crimes de guerra. As Nações Unidas tinham pedido ao Presidente Trump, que pressionasse “todas a partes, incluindo a Arábia Saudita”, para abreviar o fim do conflito, disse o New York Times. Mas esta é “a maior venda de armas da história americana”, como disse ao Washington Post Joe Rixey, responsável pela Agência de Cooperação de Defesa do Pentágono. E tem como contrapartida investimentos sauditas nos EUA no valor de 20 bilhões de dólares, através da criação de um novo fundo de investimento para a construção de infra-estruturas. De forma pragmática, o dinheiro terá falado mais alto.


QUARTA 4ª. O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu a todas as partes em conflito no Iêmen que libertem imediatamente as crianças-soldado recrutadas para a guerra no país. De acordo com a ONU, houve o recrutamento de 1.476 crianças, todos meninos, entre 26 de março de 2015 e 31 de janeiro de 2017.

“Os números provavelmente são muito maiores, já que a maioria das famílias não está disposta a falar sobre o recrutamento de seus filhos por medo de represálias”, disse a porta-voz do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Ravina Shamdasani, a jornalistas em Genebra. “As crianças com menos de 18 anos muitas vezes se juntam à luta depois de serem atraídas por promessas de recompensas financeiras ou status social. Muitos são rapidamente enviados para as linhas de frente do conflito ou tem a tarefa de manter postos de controle”, disse Shamdasani. Ela recordou a todas as partes que o recrutamento e o uso de crianças em conflitos armados são estritamente proibidos pelo direito internacional humanitário, e que os casos de recrutamento de menores de 15 anos podem constituir um crime de guerra.


QUINTA 5ª. Segundo dados da ONU, o conflito no Iêmen, entre março de 2015 e 23 de fevereiro de 2017, registrou 4.667 mortes de civis e deixou 8.180 pessoas feridas.


SEXTA 6ª. Iêmen é o país de origem do café moca e também o porto de Moca, que batizou esta variedade. Segundo conta a história do café, entre os séculos XV e XVII, a região de Moca foi uma das mais importantes exportadoras de café em todo o mundo.

Este grão arábico já chama a atenção pela sua estrutura diferenciada em relação aos outros tipos de café. Enquanto o fruto tradicional do café possui duas “lojas” que guardam sementes achatadas, o café moca possui apenas uma semente ocupando a cavidade. Isso, segundo a ciência, começou a acontecer devido a fatores genéticos e ambientais e acabou gerando o novo tipo de planta. Como ele é um grão único, o moca acaba preenchendo todo o vazio deixado pelo ausência do outro e acaba criando uma forma arredondada. Apesar da origem asiática, o café moca mais apreciado e com maior valor de mercado vem, atualmente, da Tanzânia, na África. É de lá, segundo especialistas, que saem os melhores grãos.


SÉTIMA 7ª. Não há rios ou lagos permanentes em Iêmen. A única fonte de água para as pessoas que vivem longe da costa é de um rio que enche apenas em algumas temporadas. Devido a isso, muitas pessoas construíram aldeias, como Haid Al-Jazil, acima do vale, a fim de aproveitar ao máximo estas fontes de água temporários.

A paisagem ao redor destas áreas são muitas vezes compostas por vastos desertos, e isso significa que os recursos são limitados. Devido a isso, a construção de casas requer um pouco de criatividade, mas como você pode ver, eles conseguiram aproveitar ao máximo o pouco que têm para trabalhar. Cada casa é composta de tijolos de barro com pisos de madeira, mas enquanto edifícios feitos de terra são frequentemente associados com cabanas de barro primitivas, as estruturas que costumam construir são tão inovadoras quanto sofisticadas. Essas casas também são incrivelmente versáteis, porque elas têm de suportar as estações chuvosas que ameaçam destruir todo o trabalho duro dos moradores. E como se isso não bastasse, esta cidade em particular é também localizada em um pedregulho que fica cerca de 150 metros acima do vale.


OITAVA 8ª. Socotorá ou Socotra é um pequeno arquipélago formado por quatro ilhas no oceano Índico, em frente à costa do Chifre da África (Corno de África), a 250 km a leste do cabo Guardafui e a uns 380 km a sudeste da costa do Iémen. A ilha de Socotra ostenta o título de Património da Humanidade atribuído pela Unesco, não só devido à sua beleza sem igual, mas por ser um magnífico exemplo de diversidade biológica.



Um arquipélago que é o cantinho preferido de muitos botânicos, investigadores e demais especialistas, devido à riqueza da sua flora e fauna. Mas entre tanta beleza e biodiversidade, há também uma parte negativa. A ilha de Socotra está ameaçada por culpa da globalização e dos especuladores, ansiosos por transformar estas idílicas paisagens em luxuosos centros turísticos. A localidade era o último território conhecido pelo homem durante o Império Romano e com isso, as antigas lendas afirmavam que era na região que ‘acabava o mundo'. Para complementar o local é conhecido pelas abruptas mudanças de clima, mar revolto e nevoeiros traiçoeiros.

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