HONDURAS | CRISE POLÍTICA DE 2018
- Julia Helena
- 27 de out. de 2018
- 2 min de leitura
A REELEIÇÃO DE JUAN ORLANDO HERNÁNDEZ

A Suprema Corte de Justiça de Honduras confirmou a aprovação para uma futura reeleição presidencial - revogando o artigo 239 da Constituição, que proibia tal fato desde 1982. Esta decisão vem seis anos depois que o ex-presidente Manuel Zelaya Rosales foi deposto e expulso de Honduras, em junho de 2009, por tentar um referendo popular para reformar a Lei Fundamental e permitir a reeleição.
O artigo 239 da Constituição não permitia a reeleição em um discurso presidencial Honduras, mas os cinco juízes do Supremo Tribunal de Justiça (CSJ), em sessão de 16:00 a 22:00, e concordou em descriminalizar de reeleição.
Graças a essa reforma, os ex-presidentes Carlos Flores, Ricardo Maduro, Roberto Suazo, Porfírio Lobo, Roberto Micheletti, Rafael Callejas e Manuel Zelaya podem aspirar à presidência. Assim como o presidente da época, Juan Orlando Hernández.
Com vantagem sobre o atual presidente conservador Juan Orlando Hernández, que tenta a reeleição, o candidato opositor esquerdista Salvador Nasralla parecia fadado a se tornar o novo presidente de Honduras. Membros da Aliança de Oposição Contra a Ditadura, partido de Nasralla, seguiram para a sede do TSE com bandeiras vermelhas, gritando "sim, foi possível" e "fora JOH", as iniciais do presidente Hernández, aliado dos EUA.
Nasralla e Zelaya alertaram que não reconheceriam uma reeleição de Hernández, por considerá-la inconstitucional.
O processo eleitoral foi marcado pela polêmica postulação de Hernández à reeleição, proibida pela Constituição e que foi possível apenas graças a uma decisão do tribunal constitucional, e o temor de fraude do governo.
A tensão pela longa espera e após as respectivas declarações aconteceram após um dia de votação relativamente tranquilo, no qual seis milhões de hondurenhos deveriam escolher suas autoridades para os próximos quatro anos.
O presidente do tribunal eleitoral, David Matamoros, fez o anúncio este domingo à noite, depois de três semanas de incerteza e protestos violentos, que fizeram pelo menos 17 mortos.
O candidato opositor Salvador Nasralla alegou fraude eleitoral, contestando a contagem de votos e disse não reconhecer os resultados oficiais do tribunal eleitoral, apelando a novos protestos no dia de hoje.
FONTES: EL PAÍS e O GLOBO
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