top of page

MUNDO | RELIGIÃO

  • Foto do escritor: Julia Helena
    Julia Helena
  • 31 de jul. de 2017
  • 13 min de leitura

Em culturas ao redor do mundo, tem existido muitos grupos de crenças religiosas diferentes. E para compreender cada uma, é preciso saber o que são, o porquê existem, para que servem e o que representam na vida de qualquer pessoa.

Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido à vida ou explicar a sua origem e a do universo. As religiões tendem a derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.


A palavra religião é muitas vezes usada como sinônimo de fé ou sistema de crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um aspecto público. A maioria das religiões tem comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos, reuniões regulares ou serviços para fins de veneração ou adoração de uma divindade ou para a oração, lugares (naturais ou arquitetônicos) e/ou escrituras sagradas para seus praticantes. A prática de uma religião pode também incluir sermões, comemoração das atividades de um deus ou deuses, sacrifícios, festivais, festas, transe, iniciações, serviços funerários, serviços matrimoniais, meditação, música, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da cultura humana.


O desenvolvimento da religião assumiu diferentes formas em diferentes culturas. Algumas religiões colocam a tônica na crença, enquanto outras enfatizam a prática. Algumas religiões focam na experiência religiosa subjetiva do indivíduo, enquanto outras consideram as atividades da comunidade religiosa como mais importantes. Algumas religiões afirmam serem universais, acreditando que suas leis e cosmologia são válidas ou obrigatórias para todas as pessoas, enquanto outras se destinam a serem praticadas apenas por um grupo bem definido ou localizado.

O significado moderno da expressão "religião mundial", que coloca os não-cristãos no mesmo nível de cristãos, começou com o Parlamento Mundial de Religiões realizado em 1893 em Chicago, Estados Unidos. O Parlamento impulsionou a criação de uma dúzia de palestras financiadas pelo setor privado com o intuito de informar as pessoas sobre a diversidade da experiência religiosa: essas palestras financiaram pesquisadores como William James, D. T. Suzuki e Alan Watts, que influenciaram muito a concepção pública das religiões mundiais.

Alguns acadêmicos que estudam o assunto têm dividido as religiões em três categorias amplas: religiões mundiais, um termo que se refere à crenças transculturais e internacionais; religiões indígenas, que se refere a grupos religiosos menores, oriundos de uma cultura ou nação específica; e o novo movimento religioso, que refere-se a crenças recentemente desenvolvidas.


De acordo com The World Factbook, elaborado pela CIA com dados de 2012, os sistemas religiosos e espirituais com maior número de adeptos em relação a população mundial são: cristianismo (28%); islamismo (22%); hinduísmo (15%); budismo (8,5%); pessoas sem religião (12%) e outros (14,5%).


O cristianismo, islão e o judaísmo (e às vezes a Fé Bahá'í) podem ser unidos como religiões abraâmicas. O hinduísmo, budismo, sikhismo e jainismo são classificados como religiões indianas (ou dármicas). A religião tradicional chinesa, confucionismo, taoísmo e xintoísmo são classificados como religiões da Ásia Oriental (ou Chinesas, ou Taóicas).

 

Religiões Abraâmicas

Religiões abraâmicas são as religiões monoteístas cuja origem comum é reconhecida em Abraão ou o reconhecimento de uma tradição espiritual identificada com ele. Essa é uma das três divisões principais em religião comparada, junto com as religiões indianas (Darma) e as religiões da Ásia Oriental. As três principais religiões abraâmicas são, em ordem cronológica de fundação, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.

Cristianismo

O principal símbolo do cristianismo é a cruz. A Cruz foi adotada como símbolo pelo Cristianismo por causa de Jesus Cristo ter sido crucificado e representa a Santíssima Trindade: a extremidade superior representa Deus (o Pai) no Céu, a extremidade inferior representa Jesus Cristo (o Filho) na Terra e as duas extremidades horizontais representam o Espírito Santo. O símbolo usado pelo Cristianismo primitivo era o Peixe.


Com cerca de 2.000–2.200 milhões de adeptos no mundo, predomina no mundo ocidental (Europa, Américas e Oceania), África subsaariana, Filipinas e Timor-Leste no Sudeste da Ásia, com existência de minorias no mundo todo.


É uma religião abraâmica monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, Filho de Deus, Salvador e Senhor. A religião cristã tem três vertentes principais: o Catolicismo Romano (subordinado ao bispo romano), a Ortodoxa Oriental (se dividiu da Igreja Católica em 1054 após o Grande Cisma) e o protestantismo (que surgiu durante a Reforma do século XVI). O protestantismo é dividido em grupos menores chamados de denominações. Os cristãos acreditam que Jesus Cristo é o Filho de Deus que se tornou homem e o Salvador da humanidade, morrendo pelos pecados do mundo.


O cristianismo se iniciou como uma seita judaica e, como tal, após se originar no Mediterrâneo Oriental, rapidamente se expandiu em abrangência e influência, ao longo de poucas décadas; no século IV já havia se tornado a religião dominante no Império Romano. Durante a Idade Média a maior parte da Europa foi cristianizada, e os cristãos também seguiram sendo uma significante minoria religiosa no Oriente Médio, Norte da África e em partes da Índia. Depois da Era das Descobertas, através de trabalho missionário e da colonização, o cristianismo se espalhou para a América e pelo resto do mundo.


O cristianismo desempenhou um papel de destaque na formação da civilização ocidental pelo menos desde o século IV. No início do século XXI o cristianismo conta com entre 2,3 bilhões de fiéis, representando cerca de um quarto a um terço da população mundial, e é uma das maiores religiões do mundo. O cristianismo também é a religião de Estado de diversos países.


Islã


O principal símbolo do islã é a Lua Crescente com uma Estrela. A lua crescente e a estrela eram marca do Império Otomano, que durou do século XI ao século XX. Como o Islã era a religião do império, o símbolo passou a ser adotado pelos povos muçulmanos conquistados.

É uma religião abraâmica monoteísta articulada pelo Alcorão, um texto considerado pelos seus seguidores como a palavra literal de Deus (Alá, em árabe), e pelos ensinamentos e exemplos normativos (a chamada suna, parte do hadith) de Maomé, considerado pelos fiéis como o último profeta de Deus. Um adepto do islamismo é chamado de muçulmano. Com cerca de 1.570–1.650 milhões de adeptos no mundo, predomina no Oriente Médio, Norte da África, Ásia Central, Sul da Ásia, África Ocidental, Arquipélago Malaio, com grandes comunidades na África Oriental, Bálcãs, Rússia e China.


Os muçulmanos acreditam que Deus é único e incomparável e o propósito da existência é adorá-Lo. Eles também acreditam que o islã é a versão completa e universal de uma fé primordial que foi revelada em muitas épocas e lugares anteriores, incluindo por meio de Abraão, Moisés e Jesus, que eles consideram profetas. Os seguidores do islã afirmam que as mensagens e revelações anteriores foram parcialmente alteradas ou corrompidas ao longo do tempo, mas consideram o Alcorão (ou Corão) como uma versão inalterada da revelação final de Deus. Os conceitos e as práticas religiosas incluem os cinco pilares do islã, que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem-estar, à guerra e ao meio ambiente.


A maioria dos muçulmanos pertence a uma das duas principais denominações; com 80% a 90% sendo sunitas e 10% a 20% sendo xiitas. Cerca de 13% de muçulmanos vivem na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo.25% vivem no Sul da Ásia, 20% no Oriente Médio, 2% na Ásia Central, 4% nos restantes países do Sudeste Asiático e 15% na África Subsaariana. Comunidades islâmicas significativas também são encontradas na China, na Rússia e em partes da Europa. Comunidades convertidas e de imigrantes são encontradas em quase todas as partes do mundo.


Judaísmo


O Selo de Salomão é o maior símbolo do Judaísmo. Também chamado de Estrela (ou escudo) de Davi, representa os elementos do universo água, fogo, terra e ar, sendo seus símbolos variações do triângulo. Mas não se pode afirmar que foi realmente o símbolo do Rei Salomão nem o do Rei Davi.


Com cerca de 14–18 milhões de adeptos no mundo, predomina em Israel e ao redor do mundo através da diáspora judaica (maior parte na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia).


É uma das três principais religiões abraâmicas, definida como "religião, filosofia e modo de vida" do povo judeu. Originário da Torá Escrita e da Bíblia Hebraica (também conhecida como Tanakh) e explorado em textos posteriores, como o Talmud, é considerado pelos judeus religiosos como a expressão do relacionamento e da aliança desenvolvida entre Deus com os Filhos de Israel. De acordo com o judaísmo rabínico tradicional, Deus revelou as suas leis e mandamentos a Moisés no Monte Sinai, na forma de uma Torá escrita e oral. Esta foi historicamente desafiada pelo caraítas, um movimento que floresceu no período medieval que mantém milhares de seguidores atualmente e, que afirma que apenas a Torá escrita foi revelada. Nos tempos modernos alguns movimentos liberais, tais como o judaísmo humanista, podem ser considerados não-teístas.


O judaísmo afirma uma continuidade histórica que abrange mais de três mil anos. É uma das mais antigas religiões monoteístas, que sobrevive até os dias atuais, e a mais antiga das três grandes religiões abraâmicas. Os judeus são um grupo etno-religioso e incluem aqueles que nasceram judeus ou foram convertidos ao judaísmo.


Os judeus podem ser divididos em 3 grupos. O judaísmo ortodoxo (judaísmo haredi e o judaísmo ortodoxo moderno), o judaísmo conservador e o judaísmo reformista. A principal diferença entre esses grupos é a sua abordagem em relação à lei judaica. O ortodoxo sustenta que a Torá e a lei judaica são de origem divina, eterna e imutável, e que devem ser rigorosamente seguidas. Os conservadores e reformistas são mais liberais, com o judaísmo conservador, geralmente promovendo uma interpretação mais "tradicional" de requisitos do judaísmo do que o judaísmo reformista. A posição reformista típica é de que a lei judaica deve ser vista como um conjunto de diretrizes gerais e não como um conjunto de restrições e obrigações cujo respeito é exigido dos judeus. Historicamente, tribunais especiais aplicaram a lei judaica; hoje, estes tribunais ainda existem, mas a prática do judaísmo é voluntária. A autoridade sobre assuntos teológicos e jurídicos não é investida em qualquer pessoa ou organização, mas nos textos sagrados e nos rabinos e estudiosos que interpretam esses textos.


Espiritismo


É uma doutrina religiosa e filosófica mediúnica ou moderno espiritualista, pertencendo à categoria de novo movimento religioso e abraâmica. Foi "codificada" (ou seja, tomou corpo de doutrina - pela universalidade dos ensinos dos espíritos) pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. A doutrina espírita é baseada em cinco "obras básicas", chamadas de Codificação Espírita, publicada por Kardec entre 1857 e 1868.


Mesmo não sendo reconhecido como ciência, seus adeptos consideram-no uma doutrina de cunho científico-filosófico-religioso voltada para o aperfeiçoamento moral do homem e acreditam na existência de um Deus único, na possibilidade de comunicação útil com os espíritos através de médiuns e na reencarnação como processo de crescimento espiritual e justiça divina.


Apesar de ser uma religião completa e autônoma apenas no Brasil, o espiritismo tem se expandido e, segundo dados do ano 2005, conta com cerca de 15 milhões de adeptos espalhados entre diversos países, como Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá, e, principalmente, Cuba, Jamaica e Brasil, sendo que este último tem a maior quantidade de adeptos no mundo.


Fé bahá'í


O maior símbolo da Fé Bahá'í é a Estrela de Nove Pontas. Para os bahá'ís, o número 9 é sagrado, o número da perfeição, pois é o dígito máximo. Também é o valor numérico da palavra árabe Baha e o número de religiões divinamente reveladas (sabeísmo, hinduísmo, budismo, judaísmo, cristianismo, islamismo, zoroastrismo, fé babí e, finalmente, fé bahá'í). A forma da estrela pode variar, desde que contenha nove pontas. Ouros símbolos são o Máximo Nome, o Símbolo da Pedra e o Bahá'.


Com cerca de 7,6–7,9 adeptos pelo mundo, dispersa com grandes populações na Índia, Estados Unidos, Vietnã, Quênia, República Democrática do Congo, Filipinas, Zâmbia, África do Sul, Irã e Bolívia.


É uma religião monoteísta que enfatiza a união espiritual de toda a humanidade.[1] Três princípios básicos estabelecem a base para os ensinamentos e a doutrina bahá'i: a unidade de Deus, que há apenas um Deus que é a fonte de toda a criação; a unidade da religião, que todas as maiores religiões têm a mesma fonte espiritual e partem do mesmo Deus; e a unidade da humanidade, que todos os seres humanos foram criados igualmente e que a diversidade racial e cultural deve ser apreciada e aceita.[2] Segundo os ensinamentos da fé bahá'i, o propósito humano é aprender a conhecer e a amar a Deus através de métodos como orações, reflexões e ajuda aos outros.


A fé bahá'i foi fundada por Bahá'u'lláh na Pérsia. Bahá'u'lláh foi exilado da Pérsia para o Império Otomano devido a seus ensinamentos, falecendo enquanto ainda era oficialmente um prisioneiro. Após a morte de Bahá'u'lláh, sob a liderança de seu filho, `Abdu'l-Bahá, a religião se expandiu de suas origens persa e otomana e ganhou espaço na Europa e nas Américas, além de ter se consolidado no Irã, onde sofre intensa perseguição.[3] Após a morte de `Abdu'l-Bahá, a liderança da comunidade bahá'i entrou numa nova fase, passando de um único líder para uma ordem administrativa com órgãos eleitos e indivíduos indicados.[4] Há mais de cinco milhões de bahá'ís espalhados por mais de 200 países e territórios.


Na fé bahá'i, a história religiosa da humanidade é vista como tendo sido manifestada através de uma série de mensageiros divinos, cada um dos quais estabeleceu uma religião adequada às necessidades de seu tempo e à capacidade das pessoas de então. Esses mensageiros vão de figuras abraâmicas como Moisés, Jesus, Maomé às dármicas como Krishna e Buda. Para os bahá'is, os mensageiros mais recentes são o Báb e Bahá'u'lláh. Segundo os ensinamentos bahá'ís, cada mensageiro profetizou sobre os próximos, e a vida e os ensinamentos de Bahá'u'lláh completou as promessas escatológicas das escrituras anteriores. A humanidade é entendida como fazendo parte de um processo de evolução coletiva e a necessidade do tempo atual é o estabelecimento de paz, justiça e unidade a uma escala global.


Movimento Rastafári


É um movimento religioso e político, iniciado na Jamaica nos anos 30 adotado por muitos grupos ao redor do globo, inclusive no Caribe e na África, combina o cristianismo protestante, o misticismo e uma consciência política pan-africana. Os membros do movimento são chamados rasta.


É considerado tanto um novo movimento religioso quanto um novo movimento social. O estudioso de religião Leonard E. Barrett referiu-se ao movimento como uma seita, enquanto o estudioso Ennis B. Edmonds argumentou que poderia melhor ser entendido como um movimento de revitalização. Apesar de se concentrar na África como fonte de identidade, Maboula Soumahoro observou que não era uma religião africana "autêntica", mas um exemplo de criolização, um produto do ambiente social único que existia nas Américas Edmonds também sugeriu que o Rastafari estava "emergindo" como uma religião mundial, não por causa do número de adeptos que tinha, mas por causa de sua propagação global. Muitos Rastas, entretanto, não a consideram como uma religião, então referem-se ao Rastafari como um "modo de vida".


 

Secularismo

O secularismo é o princípio da separação entre instituições governamentais e as pessoas mandatadas para representar o Estado a partir de instituições religiosas e dignitários religiosos. Em certo sentido, o secularismo pode afirmar o direito de ser livre do jugo e ensinamento religioso, bem como o direito à liberdade da imposição governamental de uma religião sobre o povo dentro de um estado que é neutro em matéria de crença. (ver também Separação Igreja-Estado.) Em outro sentido, refere-se à visão de que as atividades humanas e as decisões, especialmente as políticas, devem ser imparciais em relação à influência religiosa.

Irreligião

Com cerca de 1.100 milhões de adeptos predominantes no mundo ocidental e existência de minorias ao redor do mundo.


Também é referida como incredulidade, ausência de religião ou pessoas sem religião) é a ausência, indiferença ou não prática de uma religião. Alguns segmentos podem posicionar-se contrários e, eventualmente, inclusive ser hostis às religiões, como pode ser o caso do anticlericalismo, do antiteísmo e da antirreligião. Quando caracterizada como indiferença à religião, inclui o apateísmo. A irreligião também consiste parcialmente na rejeição da crença religiosa, onde se insere o ateísmo e o humanismo secular. Quando caracterizada como a ausência de crença religiosa, pode incluir algumas pessoas que seriam incluídas no agnosticismo, ignosticismo, não teísmo, deísmo, pandeísmo, ceticismo religioso, livre-pensamento e a não-crença.


 

Religiões Indianas


As religiões da Índia, são o conjunto das tradições religiosas correlatas que se originaram no subcontinente indiano (região peninsular do Sul da Ásia onde se situam os estados da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão), mais precisamente o hinduísmo, o budismo, o jainismo e o sikhismo. As religiões da Índia tem similaridades em credos, modos de adoração e práticas associadas, principalmente devido à sua história de origem comum e influência mútua.

Hinduísmo

O Om ou Aum é , além do símbolo do Hinduísmo, o principal mantra do Hinduísmo. Assim como muitos outros mantras, este também está presente no Budismo e no Jainismo e representa o trimurti, isto é, o conjunto formado pelas três principais divindades hindus: Brahma, o Criador do universo; Vishnu, o Reformador do universo; e Shiva, o Destruidor (ou Transformador) do universo. Sua forma é semelhante à de um número três e, como os outros mantras, funciona como uma espécie de oração, mas não relata um diálogo direto com seus deuses.


Num sentido mais abrangente, o hinduísmo engloba o bramanismo, isto é, a crença na "Alma Universal", Brâman; num sentido mais específico, o termo se refere ao mundo cultural e religioso, ordenado por castas, da Índia pós-budista.


É formado por diferentes tradições e composto por diversos tipos, e não possui um fundador. Estes tipos de sub-tradições e denominações, quando somadas, fazem do hinduísmo a terceira maior religião, depois do cristianismo e do islamismo, com aproximadamente um bilhão de fiéis, dos quais cerca de 905 milhões vivem na Índia e no Nepal. Outros países com populações significativas de hinduístas são Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trindade e Tobago, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.


Os hindus acreditam num espírito supremo cósmico, que é adorado de muitas formas, representado por divindades individuais. O hinduísmo é centrado sobre uma variedade de práticas que são vistos como meios de ajudar o indivíduo a experimentar a divindade que está em todas as partes, e realizar a verdadeira natureza de seu Ser. A teologia hinduísta se fundamenta no culto aos avatares (manifestações corporais) da divindade suprema, Brâman. Particular destaque é dado à Trimúrti - uma trindade constituída por Brama (Brahma), Shiva e Vixnu (Vishnu). Tradicionalmente, o culto direto aos membros da Trimúrti é relativamente raro - em vez disso, costumam-se cultuar avatares mais específicos e mais próximos da realidade cultural e psicológica dos praticantes, como por exemplo Críxena (Krishna), avatar de Vixnu e personagem central do Bagavadguitá. Os hindus cultuam cerca de 330 mil divindades diferentes.

Budismo


O símbolo do Budismo é a Roda Dharmica ou Dharmacakra. Apesar desta ser um símbolo admitido por todas as religiões dharmicas, como o Jainismo, tal símbolo é considerado o símbolo oficial do Budismo. É um círculo com oito braços surgidos no centro apontando direções diferentes. Cada um dos braços representa cada uma das oito práticas que constituem o Nobre Caminho Óctuplo: Compreensão Correta, Pensamento Correto, Fala Correta, Ação Correta, Meio de Vida Correto, Atenção Correta, Sabedoria Correta e Visão Correta.


Siquismo

O principal símbolo do Siquismo é o Khanda. Esse símbolo está presente na bandeira dos sikhs, a Nishan Sahib, hasteada em todos os templos sikhs, os gurdwaras. O símbolo é a fusão de quatro armas, cada uma com seu significado: no centro uma espada de dois gumes (chamada Khanda, de onde surgiu o nome do símbolo) que simboliza a criatividade e o poder divino; ao redor do Khanda está o Chakkar, arma com forma circular que representa a perfeição de Deus; e duas espadas chamadas de Kirpans em torno do Khanda e do Chakkar: a espada esquerda representa o pin (o poder espiritual) e a espada direita o min (o poder temporal). Na bandeira do Irã está presente um símbolo muito parecido com Khanda, mas não é o mesmo símbolo nem tem o mesmo significado.



Jainismo

O símbolo do Jainismo é uma variação do Darmacakra. Nesse caso, a roda dharmica situa-se no interior da figura de uma mão. A mão é geralmente vista como símbolo de sabedoria e de ensinamento. Logo, sendo o Darmacakra um símbolo presente em muitas religiões dharmicas, é um símbolo da sabedoria na sua religião. O Jainismo é uma religião que recebeu muita influência do Budismo, que por sua vez recebeu muita influência do Hinduísmo, todas religiões dharmicas. Também simboliza a oposição à violência.


Posts recentes

Ver tudo

Commentaires


  • YouTube - Black Circle
  • Google Places - Círculo preto
  • Instagram - Black Circle
  • Facebook - Black Circle

© 2017-2019 por Helena Kapoor Blog | Orgulhosamente criado para aprendizado

bottom of page